11 de agosto de 2020

[Resenha] A Máquina do Tempo - H. G. Wells

 


こんにちは!
Konnichiwa!

Olá pessoal! Tudo bem gente? Espero que sim! Hoje eu trouxe uma resenha sensacional de um livro que terminei recentemente e me marcou bastante! Quem gosta de ficção científica, não perde tempo e vem ver essa resenha! Bora lá?

Sinopse
O personagem conhecido apenas como "o viajante do tempo", desenvolve com base em conceitos matemáticos uma máquina capaz de se mover pela quarta dimensão, a dimensão do tempo. Com ela, viaja até ao ano de 802.701 D.C. onde encontra seres remanescentes dos humanos, aparentemente vivendo num mundo paradisíaco, até perceber que eles, na realidade, servem de alimentos para uma outra raça. 

ISBN-139788595202023
ISBN-108595202028
Ano2019
Páginas: 118
EditoraPé da Letra
Autora: H. G. Wells
Classificação: 


A Máquina do Tempo é um romance de ficção científica lançado originalmente em 1895 e que foi escrito por H. G. Wells, um autor britânico consagrado no gênero. Eu confesso que este foi o primeiro livro que eu li do autor, mas acho bem difícil alguém não conhecer o trabalho dele, já que o filme Guerra dos Mundos - famosíssimo no cinema, tendo Tom Cruise no elenco! - foi uma adaptação de um dos seus livros, de mesmo nome. 

Eu comprei esse livro, pois fiquei super empolgada com a sinopse, que parecia mega ousada, convenhamos (quem diabos já pensou como vai ser o mundo daqui 800 MIL ANOS!?).  No entanto, mesmo animada, a rotina foi mais forte e o livro acabou parado na estante, até alguns dias atras, quando eu finalmente o devorei! 

O livro segue o Narrador, um personagem que não possui nome e identidade, mas que nos apresenta toda a história. E este personagem conhece o Viajante do Tempo, nosso protagonista, do qual estar prestes a viver a maior história de sua vida! Uma das coisas mais legais desse livro é que nenhum personagem (exceto por um) tem nome! Todos são chamados por sua profissão ou são colocadas pontuações para não revelar suas identidades.  
— E não se pode mover pelo tempo de forma alguma, não se pode fugir do momento presente. 
— Meu caro, é exatamente aí que o senhor se engana. É exatamente aí que o mundo inteiro se enganou. Estamos sempre nos afastando do momento presente. Nossas existências mentais, que são imateriais e não têm dimensões, estão passando pela Dimensão Tempo com uma velocidade uniforme, do berço ao túmulo. [...]  
Capítulo 1.  
O livro pode parecer um pouco maçante no começo, principalmente pra quem não está habituado a ler sobre ciências ou conceitos matemáticos, no entanto, essa edição da editora Pé da Letra estava muito gostosa de ler, com vocabulário simplificado e que tornaram minha leitura fluida. Mesmo assim, eu considerei essencial esse começo mais "técnico", pois embasa a ficção ao qual o livro se propõe e isso é crucial para imersão. 

A história por fim, se inicia com um importante debate entre alguns homens céticos e outro nem tanto, a respeito do universo, suas dimensões e nossa liberdade sobre elas. A discussão fica mais acalorada quando o Viajante do Tempo diz que construiu uma máquina que poderia desvendar todos os segredos tanto do passado como do futuro e é recebido, é claro, com muito ceticismo e dúvida, inclusive do nosso Narrador

Porém, mesmo sem acreditar nas pequenas demonstrações do protótipo, os homens voltam a se reunir para continuar suas discussões cotidianas, o que eles não imaginavam é que encontrariam o Viajante do Tempo em uma situação lastimável e que ele tinha uma longa história para contar. 
[...] Contarei - prosseguiu - a vocês a história do que me aconteceu, se quiserem, mas devem se abster de interromper. Quero contá-la. Muito. A maior parte parecerá mentira. Que seja! É verdade...cada palavra, de qualquer forma. [...] Capítulo 2.
O Viajante então toma a narrativa da história e conta como ele, utilizando sua Máquina do Tempo, conseguiu ir até o ano 802.701. D.C, um futuro longínquo do qual nós sequer imaginamos como será. Inicialmente, tudo naquela nova Terra, parecia perfeito. Uma série de condições aparentemente sublimes para vida, criou uma nova espécie, derivada da nossa, que vivia em um mundo sem qualquer problema. 

Mas onde estava nossa espécie? E a tecnologia? Por que os seres dominantes viviam como primitivos em um paraíso? Por que a evolução aparentemente começou a retroceder? Estas são algumas das questões que o Viajante logo se depara em sua chegada no estranho mundo novo. 

Porém, a beleza daquele mundo perfeito é completamente destruída quando o Viajante descobre que nós, ou melhor, nossos descendentes, já não eram mais o topo da cadeia alimentar e que nossa sociedade atual pode ter construído este cenário de horror. 
A humanidade se contentara em viver com facilidade e deleite, sobre os esforços de seus iguais, tomara a Necessidade como seu lema e desculpa e, com o tempo, a Necessidade voltara para fazer sua cobrança. Capítulo 7 . 
H. G. Wells serve um prato cheio de reflexão, utilizando poderosas análises da nossa sociedade para explicar porque o mundo terminou daquela forma macabra e em vários momentos, eu vi metáforas para fazer uma crítica importante a forma como nossa espécie se organiza, consome, produz e EXPLORA seus iguais e ainda nos faz pensar: Se essas coisas continuarem, até que ponto continuaremos sendo iguais? 

Até que ponto, continuaremos humanos? 

Com um final cheio de mensagens e super reflexivo, A Máquina do Tempo é um livro que certamente eu vou revisitar, pois me marcou de diversas formas. É um livro antigo, mas que me fez perceber que a nossa espécie, apesar da evolução, não mudou como sociedade (!), é só ler com atenção as comparações que H. G. Wells faz entre os povos do futuro e sua própria época (que possui problemas ainda vividos por nós em 2020!). 

Enfim, eu recomendo demais a leitura, se tem medo de se aventurar na edição clássica, procure por esta edição da editora Pé da Letra, está muito boa! Depois me digam o que acharam!

Beijos pessoal! Até a próxima postagem! 


Sem tempo de ler? É só dar o play! 


Sobre o Autor

H. G. Wells/Reprodução.

Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, foi um escritor britânico. Nos seus primeiros romances, descritos, ao tempo, como "romances científicos", inventou uma série de temas que foram mais tarde aprofundados por outros escritores de ficção científica, e que entraram na cultura popular em trabalhos como A Máquina do Tempo, O Homem Invisível e A Guerra dos Mundos. Outros romances, de natureza não fantástica, foram bem recebidos, sendo exemplos a sátira à publicidade Edwardiana Tono-Bungay e Kipps. 

Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais. Desde muito cedo na sua carreira, Wells sentiu que devia haver uma maneira melhor de organizar a sociedade, e escreveu alguns romances utópicos. Ele analisa a dicotomia entre a natureza e a educação e questiona a humanidade em livros como A Ilha do Dr. Moreau. À medida que envelhecia, Wells foi-se tornando cada vez mais pessimista acerca do futuro da humanidade.

Fonte: SKOOB

Um comentário:

  1. Olá!
    Eu me lembrei quando vi a capa, peguei emprestado esse livro mas, devolvi antes de terminar a leitura, achei tão cansativo. tentei mais de 3 vezes a leitura e eu cochilava ou me irritava pela demora dos fatos começarem a ocorrer.
    Vou tentar pegar emprestado de novo e tentar ler mais uma vez para ver se vai fluir.
    Beijocas.


    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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