24 de julho de 2020

[Série] O Grito: Origens

Netflix. (reprodução)


みなさん、こんにちは!
Mina-san, konnichiwa!

Hey pessoas! Tudo bem com vocês? Sumi de novo, né? Mas garanto que foi por um motivo nobre. Como vocês acompanharam na última postagem, a quarentena e todo esse contexto de pandemia me pegou de jeito. Estou ansiosa, triste e com medo, todos os dias estão sendo uma luta diária, mas sigo firme. Como puderam ver, o Nebulosa está de carinha nova!!! Eu estou muito feliz com o resultado! Fiquei dia e noite trabalhando no design e funcionalidade do blog e, apesar de estar bem próximo do que era antes, estou muito satisfeita! Vocês gostaram? 

Bom, sem mais delongas, que tal irmos à postagem? Hoje nós temos um terror pra ver na quarentena. Será que vale a pena?

Ju-On: Origins 

Pôster/Netflix

Sinopse
"Um pesquisador de fenômenos sobrenaturais investiga uma casa amaldiçoada, onde algo terrível aconteceu com uma mãe e seu filho há muitos anos. Assista o quanto quiser."

Título: Ju-On Origins
Episódios: 6
Ano: 2020
Gênero: Terror
Disponível em: Netflix


Trailer



"Ju-On foi criado e inspirado em fatos reais, mas o que realmente aconteceu é muito mais assustador do que qualquer filme..."

O Grito: Origens (Ju-On Origins, originalmente) é uma produção japonesa, dirigida por Shô Miyake e distribuída pela Netflix. A série de apenas seis episódios estreou em julho no catálogo da Netflix, mas já causa alvoroço desde o seu anúncio, afinal, o universo de O Grito vem sendo explorado intensamente no cinema desde o sucesso do primeiro longa e, infelizmente, a franquia se vê cada mais desgastada, principalmente depois do filme lançado este ano, que foi um fracasso.

Pra quem, assim como eu, é fã do universo dos filmes de terror japoneses e se arrepiou nos anos 2000 quando assistiu o primeiro longa, certamente ficou receoso quando a Netflix anunciou a série que exploraria a origem da famosa maldição que ronda a casa de Kayako. No entanto, depois de sucessivas adaptações - que tinham cada vez menos qualidade - a ideia de extrair algo que tivesse o mesmo efeito marcante já não era tão esperada. Eu confesso que apesar de toda essa polêmica mantive boas expectativas quanto a série, mas depois de ver tantas franquias sendo simplesmente destruídas pelas continuações ruins, como Exterminador do Futuro e O Chamado, estava com medo de que o mesmo acontecesse com O Grito.

Infelizmente a série, apesar de acertar em algumas coisas, peca em muitas outras.

Yasuo Odajima (interpretado por Yoshiyoshi Arakawa) e Haruka Honjo (interpretada por Yuina Kuroshima)/Netflix.

Logo no início da série somos apresentados a primeira linha de roteiro que segue Odajima, um investigador de eventos paranormais que fica especialmente interessado na história de Haruka Honjo, uma jovem que passou por acontecimentos assustadores em seu antigo apartamento, o que a fez morar com seu namorado, Tetsuya, que começa a agir estranhamente depois que começa a viver com a namorada. Intrigado com as informações que consegue, Odajima decide investigar o caso e com o passar da série fica cada vez mais obcecado em descobrir a verdade.

Ao mesmo tempo, nós temos que seguir outras linhas de roteiro com vários personagens que estão diretamente ou indiretamente ligados a casa amaldiçoada. Eu particularmente, gosto quando o roteiro brinca com a continuidade da história passando de um personagem para outro e no final "amarra todas as pontas soltas". No entanto, isso é interessante apenas quando é bem feito, o que não é o caso aqui.

Em O Grito, nós somos apresentados a inúmeros personagens, o que para uma série tão curta é meio arriscado, porque não há tempo suficiente para se aprofundar nessas pessoas. E é justamente isso o que acontece. São pessoas demais e com tempo insuficiente para desenvolvê-las, o que contribui para nos identificarmos pouco e consequentemente não sentimos nada quando os vemos sofrer.

Kiyomi Kawai (interpretada por Ririka) é uma das protagonistas que dá origem a outra linha do roteiro./Netflix.
Como se a pouca empatia para com os personagens fosse previsível, a série apela para a violência explícita para nos causar as sensações de aflição e agonia. Há violência contra crianças, estupro, mutilação e etc, coisas que ao meu ver não eram necessárias e foram pouco importantes para o seguimento da história, mas que foram colocadas para tentar prender o público, já que o sobrenatural estava fraco.

Falando do aspecto fantasmagórico que deveria ser o foco principal mas não é, a série acerta em criar uma atmosfera de suspense e tensão, mas quando finalmente vimos a tão temida figura do espírito a decepção logo surge, quando assistirem entenderão o por quê.

Eu entendo que as adaptações muitas vezes precisam seguir caminhos diferentes do original para ter sua própria identidade, mas o que eu senti assistindo essa série da Netflix é que eu não estava assistindo uma história baseada no filme O Grito e sim mais uma história de fantasma qualquer. De todos os elementos riquíssimos do filme original a única coisa aproveitada foi a casa amaldiçoada, nem mesmo a marcante estética da Kayako foi aproveitada aqui, apenas em alguns momentos, o que dava a entender que foi colocado apenas por obrigação. Uma pena.

Em muitos momentos, senti que certos personagens foram criados apenas para conveniência do roteiro, já que teve personagem com apenas DUAS CENAS (e uma sequer era necessária)! As vezes eu tinha que pausar para recapitular o que estava acontecendo porque algumas decisões e atitudes eram simplesmente absurdas!

Haruka Honjo (interpretada por Yuina Kuroshima)/Netflix.

Por fim, o aspecto mais criticado por todos foi a confusa cronologia. A série dá saltos no tempo diversas vezes e depois volta para recapitular uma coisa que já aconteceu, acrescenta mais personagens e no final não nos entrega de fato as respostas que queremos, mas pode ser um bom passatempo pra quem não conhece o filme original dos anos 2000.

Se você quer conhecer esse universo com O Grito: Origens, sugiro não fazer o isso. O filme original é uma ótima pedida, apesar de ser um pouco antigo. Com certeza, ele causa bastante aflição, mas sem apelar para tanta violência sem sentido, apenas com o puro terror fantasmagórico.

Definitivamente, esperava mais. Ignorando que se trata de um dos universos que mais gosto, é uma boa história de suspense, apesar das confusões de roteiro.

Avaliação: 


*******************

Está com pressa e não pode ler? É só dar o play!



E aí pessoal, quem já assistiu, vocês concordam ou discordam da minha opinião? 

Deixem nos comentários! 

Beijos!

4 comentários:

  1. Também gosto quando todas as pontas soltas são amarradas no final, mas como vc diz no post, isso tem que ser bem feito, e é uma pena que essa série não consiga suprir essa necessidade. Infelizmente essa série parece ser mais uma adaptação desnecessária, que apela para a violência e não agrega em nada. Vou passar longe, haha.
    Ahh é a primeira vez que visito o blog, então, já estou seguindo para não perder as próximas atualizações.
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

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    1. Oi Leslie! Bem vinda! Foi exatamente isso que eu senti sabe? Que a adaptação não era necessária, mas devia tentar ver haha Fico feliz que tenha gostado do blog! Muito obrigado pela visita!

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  2. Olá! Fiquei impressionada com a sua resenha e com um medinho, eu não curto assistir filmes e séries assim porque fico muito aflita.
    Beijocas.



    https://www.parafraseandocomvanessa.com.br/

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    1. Oi Vanessa! Bem vinda! Normal! Muita gente não gosta mesmo de filmes de terror :) Aqui no blog tem várias dicas interessantes de outros gêneros, fique a vontade para explorar hahaha beijos e obrigada pela visita!

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