みなさん、こんにちは!
Mina-san, konnichiwa!
Olá pessoas! Estou de volta! Como vocês estão? Espero que bem! Hoje eu trouxe uma recomendação incrível de filme pra vocês. Eu sempre sou meio pé atrás com filmes da dona Netflix, mas as vezes aparece uma pérola linda como essa. Vamos ao post?
Elisa y Marcela
Sinopse
Elisa Sánchez Loriga adota uma identidade masculina para poder se casar com a mulher que ama, Marcela Gracia Ibeas, na Espanha de 1901. Baseado em uma história real.
Título: Elisa y Marcela
Ano: 2019
Duração: 113 min.
Gênero: Biografia, Romance, Drama
Direção: Isabel Coixet
Disponível em: Netflix
Confesso que quando vi que o filme havia sido lançado na Netflix eu fiquei bem surpresa, porque já conhecia a história de Elisa e Marcela e por mais espetacular que fosse, nunca tinha visto nenhuma adaptação da história delas. Pra quem não sabe, o filme Elisa y Marcela, da diretora Isabel Coixet, é baseado em uma história real que tomou grandes proporções no início do século XX.
O filme nos conta a história de Elisa e Marcela, duas garotas que se conhecem em um colégio na Espanha no final do século XIX. Logo no início já percebemos que as meninas possuem uma conexão. No começo achei meio rápido a forma como as coisas se desenvolveram entre elas, não estava conseguindo acompanhar o surgimento dessa paixão. Literalmente, elas se sentem atraídas logo na primeira vez que se vêem, depois daí já não param de pensar uma na outra. Mas depois desse pequeno choque inicial, as história dá uma freada e podemos apreciar mais os momentos de amizade e amor de uma forma muito delicada e sensual.
Elisa y Marcela / Divulgação |
Um dos grandes objetivos do filme (se não o maior) é evidenciar como a sociedade reage a esse relacionamento e o quanto ainda temos que melhorar como seres humanos. Isso fica claro quando vemos o convívio de Marcela com seus pais. Sua mãe parece morrer de medo do marido e sequer consegue olha-lo nos olhos. Ele, por sua vez, é o típico homem conservador que não quer que a filha "aprenda demais" e não permite questionamentos a sua autoridade. É uma realidade triste, porém ainda muito cotidiana. Os pais de Marcela, ao notar que a filha parecia muito interessada na amiga Elisa, decidem mandá-la para um colégio interno e as duas se mantem distantes por três anos. É claro que isso não é o suficiente para separá-las, é apenas o primeiro obstáculos que o amor delas terá pela frente.
Elisa e Marcela trocam cartas e se reencontram decididas a ficarem juntas a qualquer custo. É muito angustiante pra nós que sentimos o mínimo de empatia ver essa história e pensar que realmente Elisa e Marcela existiram e se amaram, sofreram e viveram nesse mundo difícil. É mais angustiante ainda pensar que existem outras "Elisas e Marcelas" passando por isso nesse momento. Acho que esse é um dos pontos da trama, despertar um relação de empatia perante esse amor.
Quando as pessoas do vilarejo onde vivem percebem que há algo mais no relacionamento delas, Elisa e Marcela decidem bolar um plano para tirar essas suspeitas das pessoas. Elisa decide então assumir a identidade de um falecido primo para poder se casar com Marcela e elas realmente acabam fazendo isso. Diante de um padre, ambas firmam seus votos em uma cidade próxima de onde vivem, o que se torna o primeiro casamento homossexual da história da Europa, muito antes de qualquer legalização. Claro que tudo foi feito com o disfarce de Elisa, que assumiu o nome de Mario. Até aí já estamos completamente envolvidos com o filme, e eu pelo menos torci muito por elas, mas sabia que os obstáculos só estavam começando.
Elisa (Natalia de Molina) e Marcela (Greta Fernández) / Divulgação. |
O filme é delicado, apela pra um estilo mais "clássico" e é em preto e branco, o que me agradou bastante. A diretora nos dá uma visão quase artística desse relacionamento. Há cenas bastante eróticas e outras mais doces. No entanto, sinto que algumas características da Elisa e da Marcela como pessoas poderiam ser mais exploradas. A Elisa é sonhadora e entendemos o futuro que quer pra si, mas a Marcela nunca deixa claro o que espera de si mesma.
Eu gostei muito das atrizes, Natalia de Molina e Greta Fernández (Elisa e Marcela, respectivamente). Elas possuem uma química muito boa e uma delicadeza muito gentil pra história. A trilha sonora não é muito diversificada, fica no clássico piano, o que não me incomodou.
O final é algo imaginado e realizado pelo roteiro, porque oficialmente não há informações sobre o que houve com as duas depois de 1904. Eu particularmente gostei da forma como a diretora fechou esta história, não sabemos o que houve de fato com Elisa e Marcela, mas de certa forma, amena um pouco a angustia tão presente durante o filme.
Recomendo que assistam e decidam por si mesmos o que acham da história desse casal tão forte e que merece ser muito lembrado! Elisa e Marcela fizeram o impensável na sua época para perpetuar seu amor e ainda hoje o casamento delas permanece válido perante a igreja católica.
Mas ainda há muito que melhorar nessa sociedade. Ainda há muitas pessoas lutando para que seu amor e sua felicidade sejam ao menos respeitados e é muito importante fazer a nossa parte, lutando contra o preconceito e a homofobia que ainda permanecem nos nossos dias.
Bom pessoal, é isso. Espero que tenham gostado da postagem de hoje.
Beijos e até a próxima!
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