[Resenha] O Planeta dos Macacos - Pierre Boulle

Olá pessoas! Hoje estou trazendo a resenha desse livro incrível que para muitos é desconhecido, mas que certamente vocês já ouviram falar da adaptação cinematográfica! Aproveitei a imperdível promoção da Amazon, que colocou disponibilizou o livro gratuitamente e li em e-book. Veja um pouquinho do que essa leitura foi pra mim e acrescente-o na sua listinha!

Sinopse

Em pouco tempo, os desbravadores do espaço descobrem a terrível verdade: nesse mundo, seus pares humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante... os macacos. Desde as primeiras páginas até o surpreendente final – ainda mais impactante que a famosa cena final do filme de 1968 –, O planeta dos macacos é um romance de tirar o fôlego, temperado com boa dose de sátira. Nele, Boulle revisita algumas das questões mais antigas da humanidade: O que define o homem? O que nos diferencia dos animais? Quem são os verdadeiros inimigos de nossa espécie? Publicado pela primeira vez em 1963, O planeta dos macacos, de Pierre Boulle, inspirou uma das mais bem-sucedidas franquias da história do cinema, tendo início no clássico de 1968, estrelado por Charlton Heston, passando por diversas sequências e chegando às adaptações cinematográficas mais recentes. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.

ISBN-13: 9788576572138

ISBN-10: 8576572133

Ano: 2015  (nova edição)

Páginas: 216

Editora: Editora Aleph

Autor: Pierre Boulle

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Classificação:    

A resenha de hoje é a do livro O Planeta dos Macacos, de Pierre Boulle, cuja nova edição foi lançada pela Editora Aleph, que aliás fez um ótimo trabalho com a diagramação do livro. 

O Planeta dos Macacos conta a história de Ulysse Mérou um jornalista que aceita a proposta do renomado cientista e professor Antelle para viajar à um outro lugar do cosmo, em busca de um planeta novo e diferente do nosso. Dotado de um grande espírito aventureiro e uma curiosidade marcante, o homem aceita o convite e parte junto com seus companheiros de viagem para uma jornada mais perigosa e surpreendente do que imaginavam.

No início achei que esta leitura seria pesada, por se tratar de um livro mais antigo, contudo, fui surpreendida pela narrativa fluida e envolvente de Pierre. O livro apresenta muitos detalhes científicos em meio a narrativa, principalmente no início, durante o começo da viagem pelo cosmos. Confesso que eu gostei muito! 

Depois de anos viajando, os terráqueos aventureiros se deparam com a gigantesca estrela Betelgeuse e seu sistema planetário. Imediatamente, decidem visitar o misterioso planeta Soror, que é curiosamente parecido com a Terra. Após a aterrissagem no planeta desconhecido, eles percebem que as semelhanças estão muito além daquelas vistas do espaço. Soror possui uma atmosfera aparentemente igual a da Terra, e o ambiente não parece hostil. 

Contudo, a maior surpresa, vem depois. O Planeta é habitado. Os viajantes se deparam com seres aparentemente humanos, mas que sao desprovidos de razão. Nesse mundo, os humanos não evoluíram e são criatura quase irracionais. 

"Durante a viagem, em nossas conversas a respeito de eventuais contatos com seres vivos, evocávamos criaturas disformes, monstruosas, com um aspecto físicos muito diferente do nosso, mas sempre supúnhamos tacitamente a presença do espírito. No planeta Soror, a realidade parecia completamente ao avesso: estávamos às voltas com habitantes semelhantes a nós do ponto de vista físico, mas que pareciam completamente destituídos de razão. Era de fato esta a significação do olhar que me perturbara em Nova e que encontrei em todos os outros: a falta de reflexão consciente, a ausência de alma."                                                                                                                                            Capitulo 6.

Esse planeta envolto de mistérios seduz o leitor desde o início da história, principalmente depois da aparição desses "humanos selvagens". Eu não conhecia nada do enredo do livro, e acredito que muitos só conheçam a produção de Hollywood que teve sua estreia na década de 60, mas que permanece como um dos finais mais surpreendentes do cinema. Com o livro não é diferente! Uma pena que o filme tenha ofuscado o livro. Hoje poucas pessoas já leram ou conhecem a obra, mas muitas assistiram ao longa. Mas voltando ao enredo, as surpresas e reviravoltas só vão se tornando mais envolventes conforme a narrativa avança. 

Completamente surpresos com a descoberta dessa nova raça humana, os viajantes percebem que eles abominam qualquer tipo de comportamento civilizado, como usar roupas ou até mesmo falar. A resposta para esse enigma se mostra ainda no início do livro. A este dominante do planeta Soror se revela e Ulysse quase não acredita ao descobrir que eram macacos os donos daquele mundo e que o ser humano é só mais um animal qualquer. Uma espécie estupidamente inferior aos símios.

"...a estupefação sufocou qualquer outro sentimento quando vi aquela criatura emboscada , espreitando a passagem da caça. Pois a criatura era um macaco, um gorila imenso. Em vão repeti para mim mesmo que estava enlouquecendo, afinal não restava mais nenhuma dúvida quanto à sua espécie. Mas encontrar um gorila no planeta Soror não era a principal extravagância do episódio. Ela residia para mim no fato de aquele macaco estar corretamente vestido, como um homem dos nossos, e principalmente na desenvoltura com que usava suas roupas."    
                                                                                                                    Capitulo 9.

Em O Planeta dos Macacos, acompanhamos toda a jornada de Ulysse para compreender aquele planeta e principalmente sobreviver as atrocidades às quais os seres humanos são submetidos no planeta dominado pelos macacos. Ele fará de tudo para demonstrar de forma lógica que não é apenas mais um ser humano irracional como os outros, e que sua origem se encontra na Terra, um planeta distante e desconhecido para os macacos. Contudo, essa tarefa pode se mostrar mais difícil do que ele imagina. 

"Eu assistia a uma caçada – participava dela também, ai de mim! –, uma caçada fantástica em que os caçadores, postados a intervalos regulares, eram macacos, e a caça acuada, constituída por homens e mulheres como eu, homens e mulheres cujos cadáveres nus, esburacados, contorcidos em posições implausíveis, ensanguentavam o solo."
                                                                                                                              Capitulo 9.

Com um final chocante e reflexivo, a obra de Pierre Boulle é certamente um dos grandes nomes da literatura fantástica mundial, indispensável para admiradores do cosmos, sci-fi e uma boa aventura! Planejo reler com certeza! Recomendo muito! 

Sobre o autor

Escritor francês, Pierre Boulle nasceu a 19 de fevereiro de 1912, em Avignon. Estudou Engenharia Eletrotécnica na Escola Superior de Eletricidade de Paris e, depois de ter exercido a profissão em França, mudou-se para a Malásia, em 1938. Foi supervisor de uma plantação de borracha em Kuala Lumpur mas, com o deflagrar da Segunda Guerra Mundial, alistou-se no exército francês, na Indochina. Com a ocupação da França pelas tropas alemãs, juntou-se à Missão Livre francesa em Singapura. Serviu como agente secreto com o nome de Peter John Rule, auxiliando o movimento de resistência da China, da Birmânia e da Indochina. Em 1943 foi capturado pelos apoiantes do governo de Vichy nas margens do rio Mekong, e condenado a trabalhos forçados para o resto da vida. Com a ajuda das autoridades locais, conseguiu evadir-se em Saigão, servindo nas Tropas Especiais britânicas até ao fim da guerra. Antes de ter regressado a França e de se ter tornado escritor, prosseguiu os seus deveres na plantação malaia, tendo passado também algum tempo nos Camarões. Boulle tinha começado a escrever um diário no cativeiro e, em 1950, pôde publicar o seu primeiro romance, Joseph Conrad. Seguiu-se Le Pont De La Rivière Kwai (1952, A Ponte do Rio Kwai) e La Planète Des Singes (1963, O Planeta dos Macacos), ambos convertidos para cinema com enorme sucesso. Entre os seus últimos trabalhos contam-se La Baleine Des Malovines (1983), Le Professeur Mortimer (1988) e A Nous Deux Satan (1992). Pierre Boulle foi oficial da Legião de Honra, medalhado com a Cruz de Guerra e a Medalha da Resistência. Faleceu a 30 de janeiro de 1994, em Paris.

Fonte: Skoob.

Beijos e até o próximo post!